Acervo de múltiplas vozes: registro, preservação e disseminação de narrativas de experiências com arte e educação (Início: 2020)

Equipe: Profª. Drª. Sumaya Mattar (Coordenação); Elisabete Marin Ribas (Pesquisadora IEB/USP), Leandro de Oliva Costa Penha (Pesquisador PPGAV/ECA/USP), Priscila Akimi Hayashi (Pesquisadora PPGAV/ECA/USP), Luiza Oliveira Lino dos Santos. David Queiroz, Mirella Malagrine Basti, Laura Martins Sapucaia, Letícia Santos de Morais, Luana Lorena Sato, Camila Vasques da Silva atuaram no projeto como bolsistas PUB/USP, em diferentes momentos, entre setembro de 2021 e agosto de 2024.

O projeto de pesquisa Acervo de múltiplas vozes: registro, preservação e disseminação de narrativas de experiências com arte e educação visa coletar, preservar e disseminar narrativas que fomentem ações educativas voltadas à diversidade de códigos estéticos e à multiplicidade de formas de aprender arte e de expressão não alinhadas com as perspectivas hegemônicas e operar diretamente na formação inicial e continuada de pesquisadores e professores de arte.

Parte do projeto é desenvolvida na disciplina de graduação do curso de Artes Visuais da ECA/USP “História do Ensino da Arte no Brasil: trajetória política e conceitual e questões contemporâneas”, que vem sendo oferecida desde 2018, quando, reformulada, passou a fazer uso da História Oral (desde então, a disciplina foi oferecida sete vezes), e na disciplina de pós-graduação do PPGAV “A História Oral na construção de um ensino de arte decolonial e pluriversalista”, oferecida pela primeira vez em 2023.

Ao longo de ambas as disciplinas, os estudantes realizam um projeto de pesquisa – individual ou em grupo – que culmina com a realização de entrevistas com pessoas que possam oferecer contribuições à reflexão sobre os processos de ensino e aprendizagem da arte em chave ampliada e em uma perspectiva contra-hegemônica.

A fase que antecede a realização das entrevistas envolve estudos teóricos sobre o ensino de arte no Brasil, a abordagem da História Oral e as teorias pós-colonialistas do currículo, além da temática específica extraída do universo de cada entrevistado, dentre as quais: a Pedagogia Griô, as Leis 10.639/03 e 11.645/08. as culturas indígenas e afrobrasileiras, arte e educação nas periferias, a questão migratória, questões de gênero, entre outras.

Após a realização, as entrevistas são transcritas pelos estudantes-pesquisadores, que também preparam um audiovisual ou um podcast e escrevem um capítulo da série de livros lançada em 2021, denominada “Acervo de múltiplas vozes: narrativas de experiências com arte e educação”, publicada no Portal de Livros Abertos da USP. Já foram publicados dois volumes e o terceiro está no prelo, com publicação prevista para abril de 2025.

O capítulo 01 do primeiro volume traz uma apresentação detalhada da pesquisa e está disponível em:  http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/668

A primeira fase da pesquisa voltou-se para a organização dos dados coletados em um acervo digital neste Portal GMEPAE (https://gmepae.com.br/acervo-multiplas-vozes/entrevistas), para amplo acesso a pesquisadores, professores, estudantes, artistas e demais interessados. Os ricos materiais continuam a ser organizados conforme vão sendo produzidos. Na segunda fase, iniciada no segundo semestre de 2022, os pesquisadores passaram a se dedicar à análise dos conteúdos das entrevistas e escrevem trabalhos a partir deles, que são apresentados em eventos científicos e publicados nos respectivos anais.

A pesquisa tem a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de São Paulo. Todas as pessoas envolvidas no projeto autorizam a publicação das entrevistas no Portal do GMEPAE, para que suas ricas experiências de vida transponham os cercos da academia e cheguem a muitas pessoas. A todas, nossa imensa gratidão!

Para fazer uso de qualquer dado ou material do Acervo é OBRIGATÓRIO citar as referências completas que os acompanham (nos vídeos, podcasts, transcrições e artigos), assim como o endereço do Portal GMEPAE, onde estão publicados, e referenciar devidamente o título da pesquisa e a pesquisadora coordenadora.