Vídeo de Márcia Victória Elisio Barbosa, Mariana de Araujo Alves da Silva, Rayssa Roman Fleury de Oliveira e Samara Braga Jorge, produzido a partir da entrevista com Mãe Neide Ribeiro, do Centro Cultural Orúmilá, no primeiro semestre de 2023, como parte das atividades da disciplina de graduação CAP0322 – História do ensino da arte no brasil: trajetória política e conceitual e questões contemporâneas e da disciplina de pós-graduação CAP6005 – A História Oral na construção de um ensino de arte decolonial e pluriversalista, ministradas pela Profa. Dra. Sumaya Mattar na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
As disciplinas propõem a produção de fontes primárias relacionadas a experiências com arte e educação, em especial, de pessoas pertencentes a grupos que, por razões econômicas, sociais, étnicas e de gênero, entre outras, são comumente excluídos das narrativas oficiais e do espaço acadêmico de produção de conhecimento. Com o objetivo de conhecer, produzir e disseminar experiências outras de ensino e aprendizagem da arte, é desenvolvido um exercício de pesquisa utilizando a História Oral, bem como são realizados estudos de autores que colocam em questão a colonialidade no campo do ser, do saber e do poder. Os estudantes, organizados em grupos ou individualmente, realizam entrevistas com pessoas cujas experiências têm interesse em conhecer e, após as entrevistas, escrevem textos com foco no tema principal extraído do universo do entrevistado ou em sua história de vida.
As autoras do vídeo “Mãe Neide Ribeiro e Centro Cultural Orùnmilá: reflexões sobre arte, vida e território”, refletiram sobre as relações subjetivas e objetivas da transmissão e manutenção de saberes ancestrais, culturais, educacionais, artísticos e filosóficos iorubanos, produzidos no Centro Cultural Orunmilá e Egbé Ahô Asè Yá Mesan Orun. As experiências de atuação em seu território demonstram a importância de cultivar epistemologias não hegemônicas, no diálogo e no movimento político de resistência, a fim de conquistar políticas públicas que rompam com a segregação racial e cultural. A partir da pesquisa de campo e entrevista, foram observadas metodologias de ensino e aprendizagem da arte que se dão neste território e a participação da comunidade do entorno na construção dessas relações e potencialidades.
Palavras-chave: Mãe Neide Ribeiro, Centro Cultural Ọ̀runmìlà, Afosé Omó Orùnmilá, Corpo-territorialidade, Tradições Orais.