Terezín: o ensino de arte como resistência à desumanização

Entrevista realizada com Luciane Bonace Lopes Fernandes, no primeiro semestre de 2020, como parte das atividades da disciplina História do Ensino da Arte no Brasil: trajetória política e conceitual e questões contemporâneas, ministrada pela professora Sumaya Mattar no Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP, com a colaboração de Guilherme Nakashato (pesquisador do GMEPAE – Grupo Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa em Arte e Educação.

A disciplina trabalha com a Metodologia da História Oral como estratégia de criação de fontes primárias sobre ensino e aprendizagem da arte em uma perspectiva não hegemônica e antirracista, considerando, inclusive as demandas instauradas pela Lei 11.645/2008 ao ensino de arte. Os estudantes, organizados em grupos, realizam entrevistas com educadores de diversas correntes pedagógicas e, após as entrevistas, escrevem textos com foco no tema principal extraído do universo do entrevistado, ou com foco em sua história de vida.

Amanda Suzuki, Brígida Campos Machado de Oliveira, Luma Gonçalves Alonso e Marcos Antonio Nunes de Oliveira Junior, interessados em conhecer as dinâmicas da produção cultural e das atividades educativas desenvolvidas em situações-limite, especialmente aquelas desenvolvidas em desobediência ao regime nazista por prisioneiros judeus dentro do campo de Terezin, durante a Segunda Guerra Mundial, entrevistam Luciane Bonace Lopes Fernandes, que pesquisou desenhos, poemas e peças teatrais realizados por crianças e jovens judeus encarcerados neste campo.