Mariana Brand Oliveira, 2022 – Anais da XI Jornada de Pesquisa em Artes Cênicas e II Colóquio de Pesquisa em Artes nas Escolas, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), PB
O presente artigo é fruto da pesquisa para a monografia "Como (e por que) ensinar teatro para quem nunca foi ao teatro - Reflexões sobre a experiência de uma jovem artista educadora", apresentada no Curso de Especialização "Arte e Educação - Teorias e Práticas" da ECA-USP. Esta pesquisa se apresenta como uma reflexão sobre a experiência de formação de uma jovem artista educadora, por meio do compartilhamento de práticas pedagógicas em teatro, desenvolvidas em um projeto social no contraturno escolar, na cidade de Itapevi, zona metropolitana do estado de São Paulo, cidade-natal da autora. Tentando responder à pergunta: "Como (e por que) ensinar teatro para quem nunca foi ao teatro?" a pesquisa contribui com a discussão sobre o sentido do ensino do teatro diante da falta de acesso a esse bem cultural na maioria das cidades brasileiras. Para tal, passa pelas discussões acerca da importância do vínculo no território (em diálogo com Paulo Freire e bell hooks), da ação cultural (partindo da pesquisadora brasileira Suzana Schimidt Viganó), das noções de professor-artista, relação mestre-aprendiz (conversando com George Gusdorf), do prazer na educação (com o pesquisador italiano Paolo Mottana), e do entusiasmo do brincar como estratégia para expressividade, estabelecendo relações entre a cultura tradicional brasileira e outras tradições teatrais presentes na formação da autora. O trabalho evidencia como as experiências prévias da autora na área artística se refletem e apresentam em suas experimentações pedagógicas de primeira viagem como educadora, bem como suas buscas relacionais, criativas e poéticas em conjunto com os estudantes e com o território onde viveu a vida inteira. Além disso, a pesquisa tenta compreender quais os possíveis sentidos para o ensino do teatro em contextos e comunidades onde a linguagem não encontra reverberações no território, já que 90% dos municípios brasileiros não tem equipamento cultural, e quais as estratégias possíveis para realizar essa aproximação.
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