Selma Simão, 2012 – Unicamp, Campinas/SP
Em minha trajetória como educadora, apreendendo as coisas do mundo, fui aos poucos me aprofundando nessa arte de ensinar arte e sobre os benefícios que este ofício traz para as pessoas envolvidas nestes processos, tanto mestres como aprendizes. Aos poucos, fui entendendo cada vez mais como arte-educadores são capazes de penetrar na vida das pessoas fixando memórias, trazendo conhecimento, estabelecendo relações afetivas e transformando-as. Porém, sempre achei que a exploração desta área de conhecimento na qual predomina a expressão dos aspectos da subjetividade humana, além da troca, do saber e do encantamento, ainda nos dias de hoje, segue sendo mal aproveitada. Frequentemente voltava-me às seguintes questões: se a arte se baseia em uma verdadeira necessidade humana, comprovada por inúmeros teóricos de diferentes áreas em diferentes épocas, por que então com raríssimas exceções ainda é tão minimamente explorada nas escolas? E quando isto acontece, por que na maioria das vezes é transmitida de forma superficial e mecânica por meio de moldes escolares, roubando-lhe o potencial mágico da descoberta e do envolvimento? Será por puro desconhecimento, ou será que o caráter de liberdade e ousadia que a arte propicia, ainda hoje ameaça ou assusta grande parte das pessoas envolvidas nos processos educacionais?
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